quinta-feira, 12 de julho de 2018

Trigésima segunda aula!

Dando continuidade do estudo citado na aula anterior, da leitura do subcapítulo "A Semana Santa dos Índios Termina sem Ressurreição" emergiram os seguintes apontamentos:

- o reencontro com a temática que perpassa toda a obra de Galeano, "o fato de ter nascido importante" como "maldição" dos povos ameríndios:

"Os índios padeceram e padecem - síntese do drama de toda a América Latina - a maldição de sua própria riqueza. Quando se descobriram os bancos de areia cheios de ouro do rio Bluefields, na Nicarágua, os índios carcas foram rapidamente lançados longe de suas terras nas ribeiras, e esta é também a história dos índios de todos os vales férteis e subsolos ricos do rio Bravo para o sul. As matanças dos indígenas começaram com Colombo e nunca cessaram. No Uruguai e na Patagônia argentina, os índios foram exterminados, no século passado, por tropas que os buscaram e os encurralaram nos bosques ou no deserto, com o objetivo de que não atrapalhassem o avanço organizado dos latifúndios de gado. Os índios yaquis, do estado mexicano de Sonora, foram mergulhados num banho de sangue para que suas terras, ricas em recursos minerais e férteis para a agricultura, pudessem ser vendidas sem inconvenientes a diversos capitalistas norte-americanos. Os sobreviventes eram deportados para as plantações de Yucatán. Assim, a península de Yucatán converteu-se não só em cemitério dos indígenas maias, que haviam sido seus donos, mas também em tumba dos índios yaquis, que chegavam de longe: em princípios do século, os cinqüenta reis do sisal dispunham de mais de cem mil escravos indígenas em suas plantações. Apesar de sua excepcional fortaleza física, raça de gigantes formosos, dois terços dos yaquis morreram durante o primeiro ano de trabalho escravo. Em nossos dias, a fibra de sisal só pode competir com seus substitutos sintéticos graças ao nível de vida humanamente baixo dos operários. As coisas mudaram, é certo, porém não tanto como se crê, pelo menos para os indígenas de Yucatán: 'As condições de vida destes trabalhadores assemelha-se muito com as do trabalho escravo', diz o professor Arturo Bonilia Sárichez"

Obs.: sobre o professor que Galeano cita, ver abaixo:

Fonte: Disponível em: <https://rde.iiec.unam.mx/revistas/6/articulos/3/semblanza.php>. Acesso em 12 de jul., 2018.

- O peão que tinha a "permissão" de cultivar uma pequena porção de solo que lhe era concedido, mas só nas noites de Lua Cheia, quando lhe era possível ver adequadamente o trabalho que estava sendo feito
 

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