sexta-feira, 2 de junho de 2023

11ª AULA: ETAPAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E AVALIAÇÃO DOS CADERNOS!

Nesta aula, o professor retomou a aula sobre a "Origem das disparidades socioeconômicas", e, de imediato, solicitou que os estudantes elaborassem, com base nas páginas 53 a 56, respostas para as seguintes questões:

1) Quais os principais elementos da Primeira Revolução Industrial?

2) Quais os principais elementos da Segunda Revolução Industrial?

3) Quais os principais elementos da Terceira Revolução Industrial?

4) Quais os principais elementos da Quarta Revolução Industrial?

5) O que é o fordismo?

6) O que é o taylorismo?

Enquanto isso, o professor avaliou os cadernos dos estudantes.

Para recompor alguns dos conhecimento trabalhados, recomenda-se a leitura, abaixo ("VESENTINI, J. W.. Teláris Geografia, 7º ano: ensino fundamental, São Paulo: Ática, 2018, p. 53-56")


Etapas da Revolução Industrial

A Revolução Industrial costuma ser dividida em três fases ou etapas: Primeira, Segunda e Terceira Revolução Industrial. Atualmente, alguns autores falam em uma Quarta Revolução Industrial que envolveria a robotização, a miniaturização (nanotecnologia) aprimoramento da inteligência artificial, a evolução das impressoras 3D, etc. Entretanto, esse conceito não é unanimidade entre os estudiosos. Trata-se, na verdade, do desenvolvimento ou expansão da Terceira Revolução Industrial, pois todas essas tecnologias já existem desde o final do século passado ou início deste, embora estejam sendo constantemente aprimoradas. Os países que acompanharam de forma plena todas essas fases nos seus diversos momentos são os chamados desenvolvidos.

A Primeira Revolução Industrial aconteceu de meados do século XV até o final do século XIX, em cerca de 1870. A Inglaterra era a grande potência industrial do mundo, e as bases técnicas da indústria ainda eram relativamente simples. Predominavam a maquina a vapor e as indústrias têxteis; a grande fonte de energia era o carvão mineral. As empresas geralmente eram pequenas e médias, tipicas do capitalismo concorrencial ou liberal, ou seja, da fase do capitalismo na qual a presença do Estado na economia era minima.

A Segunda Revolução Industrial se deu a partir das últimas décadas do século XIX até o final do século XX Nessa fase a liderança britânica foi pouco a pouco substituída por ouras economias, como a Alemanha e principalmente os Estados Unidos. Dois elementos fundamentais foram a expansão da eletricidade e invenção dos motores elétricos, que representaram grandes inovações técnicas. Também ocorreu o desenvolvimento de grandes empresas, que passaram a adotar um modelo de produto tendo como base alinha de montagem. A presença do Estado na economia cresceu, seja por meio da multiplicação de regulamentos e fiscalizações, seja pela criação e expansão de empresas estatais.


O carvão mineral foi aos poucos substituído pelo petróleo, que, com o advento e a expansão da indústria automobilística, tornou-se a principal fonte de energia do mundo. Os setores mais importantes passaram a ser a siderurgia, a metalurgia e, no século XX, a petroquímica e a indústria automobilística. Essa etapa durou até a década de 1970 nos países desenvolvidos. Em muitos países subdesenvolvidos, ela nem começou ou se encontra em um estagio pouco avançado.

A Terceira Revolução Industrial, ou Revolução Técnico-Cientifica, iniciou-se na segunda metade da década de 1970. Essa etapa da industrializaçã o é marcada pelo

importante papel do conhecimento cientifico e da tecnologia avançada. Novos setores de ponta se tornaram essenciais e modificaram os demais: a informatica, a robótica, as telecomunicações, a química fina, a indústria de novos materiais, a biotecnologia, em particular, o ramo da engenharia genética, entre outros.

Ha ainda outras diferenças entre essas trés revoluções industriais. Na primeira predominavam jornadas extensas de trabalho — a média era de 14 a 16 horas por dia, incluindo os fins de semana —, baixa remuneração e condições precárias de trabalho, como fábricas poluídas e muitas vezes sem janelas, além disso, nesse período observa-se o trabalho infantil e ausência de qualquer direito trabalhista.

Durante a Segunda Revolução Industrial, esse panorama mudou devido a vários fatores, principalmente as reivindicações e lutas trabalhistas, bem como aos novos métodos de trabalho visando mais eficiência na produção. Entre esses métodos, destacam-se o taylorismo e o fordismo: ambos datam do inicio do século XX e aceleraram e padronizaram ainda mais a atividade industrial e, ao mesmo tempo, o consumo das pessoas (incluindo os trabalhadores).

O taylorismo, também chamado de administração cientifica do trabalho, foi uma forma de organização das atividades criada por Frederick Taylor (1856-1915), engenheiro estadunidense. Consiste em fragmentar ou dividir ao máximo as tarefas — Taylor chamava isso de racionalização do trabalho — com vistas a uma maior eficiência. Os operários passam a executar tarefas especificas quase como se fossem maquinas, ou seja, com gestos e comportamentos padronizados e que lhes são ensinados em cursos de treinamento.

No taylorismo, os trabalhadores não eram incentivados a ter iniciativas próprias, mas apenas a obedecer ao que foi programado. No formato taylorista, a produtividade e os lucros aumentaram, bem como os salários dos trabalhadores, que se baseavam na produtividade. Entretanto, o trabalho extremamente repetitivo também aumentou o sentimento de frustração dos trabalhadores.

Mulheres trabalham na linha de produção de uma fábrica em Essex, Inglaterra, 1916.


O fordismo foi desenvolvido por Henry Ford (1863-1947) — empreendedor estadunidense, fabricante de automóveis — e é tido como um aprimoramento do taylorismo. Ele mantém o sistema de divisão do trabalho do taylorismo, mas introduz a esteira, a linha de montagem, que da um ritmo ainda mais acelerado ao trabalho e aumenta a produtividade.

Trabalhadores na linha de produção em uma das fábricas de Henry Ford, em Michigan, nos Estados Unidos, em1913.

O lema do fordismo é “produção em massa consumo em massa" Ou seja, se há produção tem que existir consumo, caso contrário, não há lucro. Por esse motivo, Ford defendia uma remuneração maior aos trabalhadores — a maioria da população — para que pudessem adquirir automóveis e também outros bens de consumo como eletrodomésticos, móveis, roupas, alimentos industrializados, etc.

O taylorismo e especialmente o fordismo, ao aumentarem intensamente a produtividade do trabalho, colaboraram para que a jornada de trabalho se reduzisse para 48 horas por semana, ou até menos, embora isso tenha sido ocasionado principalmente pelas lutas sociais por direitos dos trabalhadores, que foram gradativamente conquistados no século XX: jornada de 8 horas ao dia, pagamento de horas extras, férias remuneradas, direito a indenização ao ser demitido sem justa causa, proibição do trabalho de menores de idade (de 14, 16 ou 18 anos, conforme o pais), licença-maternidade para as mulheres (em alguns países, também para os homens).

Já a Terceira Revolução Industrial criou a produção flexível, também conhecida como toyotismo, por ter sido implantada inicialmente nas fabricas automobilísticas da Toyota, no Japão.

Esse método de trabalho visa evitar o desperdício, que era — e em grande parte ainda é — muito comum na Segunda Revolução Industrial e no fordismo. Como o fordismo introduz a produção em massa, existe um enorme desperdício, que já está embutido nos custos da produção (artigos defeituosos, objetos que não encontram compradores, etc.), o que encarece os produtos.

Já a produção flexível introduz o método just-in-time, uma forma de produção que leva em conta as necessidades do consumidor. Fabrica-se somente o necessário, com grande controle de qualidade para evitar artigos defeituosos. As empresas japonesas nas décadas de 1970 e 1980, e hoje até as estadunidenses e as europeias, já fabricavam carros e outros bens personalizados, ou seja, ao gosto dos clientes, com detalhes e diferenças que jamais o fordismo levou em consideração. Com essa mudança, o desperdício tende a diminuir, e também a relação produção-consumo passa a ser um pouco mais igualitária, com maior influência do consumidor sobre a produção.

- Just-in-time: em inglês, “no tempo exato”. Método de produção que surgiu no Japão (onde recebe o nome de sistema kanban) e, atualmente, difundido por vários outros países. Consiste em produzir no tempo certo e na quantidade exata, evitando a necessidade de estocagem e também os desperdícios.

Cirurgia feita com a utilização de robô em hospital de Lyon, na França, em 2017.

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