sexta-feira, 20 de abril de 2018

Décima Segunda aula!

Nesta aula, o professor combinou com a turma a leitura do Ano Letivo, ou melhor, a leitura para primeiro semestre do presente Ano Letivo.

A leitura sugerida, foi: "As Veias Abertas da América Latina", de Eduardo Galeano (1940-2015).

Tal leitura, como já é de "domínio publico", será disponibilizada na aba lateral do presente blog, para o download, na extensão ".pdf".

terça-feira, 17 de abril de 2018

Décima Primeira aula!

O professor explicou, através de aula expositiva dialogada os conceitos de populismo e de caudilhos e coronéis, em nível de América Latina.

Com relação ao populismo, o professor destacou o fato de que esta é uma forma de governo há muito usada na América Latina. Salientou que os políticos angariam a simpatia popular por intermédio de promessas rasas e básicas que, na verdade, todas elas, já são um direito do povo; promessas vazias, portanto.

Em relação aos caudilhos e coronéis, o professor utilizou-se, para exemplificar isso no espaço geográfico, de um mapa do Rio Grande do Sul, salientando as áreas territoriais do municípios da chamada metade norte (latifúndio) e da metade sul (minifúndio).

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Décima aula!

Com base no que se estudou até aqui; o porquê da pobreza da América Latina; o processo de colonização na América como um todo, o professor fez questão de, através de uma aula expositiva dialogada, chamar a atenção para o fato de que a colonização na América Anglo-Saxã, apesar de ter sido feita com o objetivo do povoamento, não deixou de ser menos predatória. 

Para ilustrar a questão, o professor citou uma partes do livro "Enterrem o meu coração na curva do rio" (livro que é disponibilizado naíntegra, :::aqui:::), de Dee Brown (1908-2002), onde se pode ler:

"Nunca fizemos mal algum ao homem branco; não queremos isso... Desejamos ser amigos do homem branco... Os búfalos estão diminuindo depressa. Os antílopes, que eram muitos há poucos anos, agora são Poucos. Quando morrerem todos, ficaremos famintos; vamos querer algo para comer e seremos obrigados a ir ao forte. Seus jovens não devem atirar em nós; em toda parte onde nos veem, atiram e atiramos neles." TONKAHASKA (Touro Alto) a general Winfield Scott Hancock



"[...] muitos dos jovens foram para o Texas caçar búfalos e atacar os texanos que haviam tomado suas terras. Estavam particularmente furiosos com os caçadores brancos que vinham do Kansas para matar milhares de búfalos; os caçadores só pegavam as peles, deixando as carcaças sangrentas apodrecer nas Planícies. Para os kiowas e comanches, os brancos pareciam odiar tudo na natureza. 'Este território é antigo', queixou-se Satanta ao Velho do Trovão Hancock, quando se encontrou com ele em Fort Learned, em 1867. 'Mas vocês estão cortando as árvores e agora o território não tem mais importância'. No riacho Medicine Lodge, queixou-se outra vez aos comissários de paz: 'Há muito tempo, esta terra pertencia aos nossos antepassados; mas quando subo o rio, vejo acampamentos de soldados em suas margens. Esses soldados cortam minha madeira; matam meu búfalo e, quando vejo isso, meu coração parece partir; fico triste'".


"(Dos 3.700.000 búfalos destruídos de 1872 a 1874, só 150.000 foram mortos pelos índios. Quando um grupo de preocupados texanos perguntou ao general Sheridan se nada iria ser  feito para deter a matança indiscriminada dos caçadores brancos, ele respondeu: 'Deixem-nos matar, esfolar e vender até que o búfalo tenha sido exterminado, pois esse é o único modo de conseguir paz duradoura e permitir a civilização progredir.') Os kwahadis livres não queriam participar de uma civilização que progredia com o extermínio de animais úteis."

"Por todo o fim do verão de 1874, os índios e os búfalos procuraram refúgio [...]. Os índios só mataram os animais suficientes para suas necessidades de inverno. Estenderam a carne cuidadosamente para secar ao sol, armazenando tutano e gordura em peles, trataram os tendões para fazer cordas de arco e fios, fizeram colheres e xícaras com os chifres, trançaram o pelo para cordas e cintos, curtiram os couros para cobertas de tendas, roupas e mocassins."

De tema de casa, o professor solicitou que os estudantes pesquisassem o conceito de populismo.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Nona aula!

Aula expositiva dialogada em que o professor concluiu as explicações a respeito do porquê de haver uma América "rica" e uma América "pobre"; as diferentes colonizações e seus aspectos.

Nesta aula, o elemento apresentado foi chamado de: "A estruturação da sociedade e o sistema jurídico".

A respeito disso, o professor instruiu que, na América Anglo-Saxã, como o objetivo era o da fixação daqueles migrantes que lá chegavam, a sociedade já foi se estruturando como era na Europa, bem como, as "leis" chegaram quase que ao mesmo tempo, com os novos moradores.

Neste ponto, o professor fez observações a respeito de como os autóctones sofreram com a implantação disto naquele continente. 

Diferentemente na América Latina, como o objetivo era o da exploração, a estruturação social foi baseada na escravidão, no trabalho forçado, na exclusão e no poder do mais forte imposto ao mais fraco. Do mesmo modo, as "leis" não chegaram junto com os colonizadores, e, quando vieram, foram para manter e legitimar o status quo vigente.

Com relação a isso, as mesmas observações foram feitas com relação aos índios, que tanto sofreram com a implantação da sociedade e do sistema jurídico que surgia. 

O professor concluiu a aula chamando a atenção para o esforço que cada jovem adolescente deve fazer para, uma vez tendo tomado o conhecimento disso, libertar-se e escrever o seu futuro, buscando sempre livrar-se das "amarras" socioeconômicas, por intermédio da cultura; com a Educação, portanto, sempre a Educação!!!

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Oitava aula!

Utilizando-se das noções (re)construídas na aula passada, e, retomando a mesma, o professor explicou que não é o fato de termos sido colonizados pelos portugueses e pelos espanhóis que torna os países latino-americanos pobres. Relativamente a isso, o professor explicou que há inúmeros países que foram colonizados por franceses, belgas, alemães e ingleses, por exemplo, e que são pobres também. 

Neste ponto, o professor lembrou a fala de um dos alunos que externou a opinião de que a "culpa da pobreza dos países da América Latina é deles próprios, que não 'cuidam' bem de suas riquezas", e, quanto a isso, lembrou a resposta de George Soros à Hebe de Bonafini, uma das líderes das Mães da Praça de Maio, em 2001, quando de um "debate" através de uma teleconferência via satélite entre o Fórum Social Mundial (que naquele ano fora realizado em Porto Alegre) e o Fórum Econômico Mundial (realizado em Davos). Na ocasião, Soros disse, com mais ou menos estas mesmas mesmas palavras,  que: "a culpa da pobreza da América Latina é dos próprios países e seus governantes".

Um dos aspectos do daquele debate pode ser assistido no vídeo abaixo: 



Após esta exposição, o professor problematizou as noções apresentadas, aproveitando para apontar o que elas têm de correto, bem como, o que elas tem de equívoco.

Feito isso, o professor prosseguiu com aula expositiva dialogada sobre os aspectos que encerram o processo de colonização por exploração. Para tanto, o professor utilizou-se do seguinte pensamento de Eduardo Galeano (1940-2004), a saber:

"A ruína da América Latina foi o fato de ela ter nascido importante"

Para estudar mais e ir além, sobre o que está colocado imediatamente acima, de maneira negativa (ou invertida), é interessante ler a seguinte passagem retirada do livro "As Veias Abertas da América Latina":

"A importância de não nascer importante
As 13 colônias do Norte tiveram; pode-se bem dizer; a dita da desgraça. Sua experiência histórica mostrou a tremenda importância de não nascer importante. Porque no norte da América não tinha ouro; nem prata; nem civilizações indígenas com densas concentrações de população já organizada para o trabalho; nem solos tropicais de fertilidade fabulosa na faixa costeira que os peregrinos ingleses colonizaram. A natureza tinha-se mostrado avara; e também a história: faltavam metais e mão-de-obra escrava para arrancar metais do ventre da terra. Foi uma sorte. No resto; desde Maryland até Nova Escócia; passando pela Nova Inglaterra; as colônias do Norte produziam; em virtude do clima e pelas características dos solos; exatamente o mesmo que a agricultura britânica; ou seja; não ofereciam à metrópole uma produção complementar. Muito diferente era a situação das Antilhas e das colônias ibéricas de terra firme. Das terras tropicais brotavam o açúcar; o algodão; o anil; a terebintina; uma pequena ilha do Caribe era mais importante para a Inglaterra; do ponto de vista econômico; do que as 13 colônias matrizes dos Estados Unidos.
Essas circunstâncias explicam a ascensão e a consolidação dos Estados Unidos como um sistema economicamente autônomo; que não drenava para fora a riqueza gerada em seu seio. Eram muito frouxos os laços que atavam a colônia à metrópole; em Barbados ou Jamaica; em compensação; só se reinvestiam os capitais indispensáveis para repor os escravos na medida em que se iam gastando. Não foram fatores raciais; como se vê; os que decidiram o desenvolvimento de uns e o subdesenvolvimento de outros; as ilhas britânicas das Anti­lhas não tinham nada de espanholas nem portuguesas. A verdade é que a insignificância econômica· das 13 colônias permitiu a precoce diversificação de suas manufaturas. A industrialização norte-ame­ricana contou; desde antes da independência; com estímulos e proteções oficiais. A Inglaterra mostra­va-se tolerante; ao mesmo tempo que proibia estritamente que suas ilhas antilhanas fabricassem até mesmo um alfinete."
(GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Rio de Janei ro: Paz e Terra, 1986. p. 146.) 

Para encerrar a aula, o professor comentou a respeito das diferentes posições teológicas adotadas por católicos (portugueses e espanhóis (América Latina)) e protestantes (ingleses (América Anglo-Saxã)); os primeiros e sua pobreza que "ganha o céu"; os segundos, com sua riqueza como "bênção"

terça-feira, 3 de abril de 2018

Sétima aula!

O professor retomou a aula passada e seguiu imediatamente à correção das questões solicitadas como "tem de casa" na quinta aula, a saber:

1) Você se considera americano? Sim ou não? Por quê?
2) Existe uma América rica e uma América pobre. O que causou esta situação?
3) O que é, afinal, pobreza e riqueza?

Com base no que os próprios alunos liam, o professor fazia os comentários pertinentes.

Assim, inicialmente, o professor explicou o conceito de "americano".

em seguida, o professor passou no quadro de giz os conceitos de "região" "regionalização", bem como, as regionalizações mais comuns usadas, para fins didáticos, em nível da América, e seus respectivos critérios, assim:


Continente Americano
Critério de Regionalização
Um único continente:
Somos todos americanos, apesar de a mídia insistir em nomear osestadunidenses como os únicos “americanos”
Físico (do termo physis, dos gregos)
Dois continentes:
&
Cultural (a língua, o idioma): osanglos e os saxões, que culminam nos anglo-saxões (o inglês e o francês), no norte da América e latim (espanhol e português), no sul da América.
Três continentes:
e

Político e Econômico (aproximações políticas e blocos econômicos)


Foi debatido a respeito de o que é, afinal, riqueza e o que é, afinal, a pobreza.

O professor instigou os alunos com a seguinte comparação: "quem é o rico? O empresário que dirige o seu BMW em uma estrada de asfalto ou o índio que está em estado natural em meio à mata?"

Muitos estudantes externaram que "rico" seria o empresário, enquanto outros disseram que seria o índio.

O professor integrou esta noção comentando sobre a relatividade dos termos, fazendo, como faz o geógrafo britânico, David Harvey, uma distinção entre "crescimento" e "desenvolvimento".

Com base no que está exposto acima, o professor fez, ainda, uma fala versando sobre a noção de trabalho/ emprego e de como isso era anacrônico, à época da colonização, aos índios. Essa discussão é sugerida pelo geógrafo bernardense, especialista no ensino de Geografia, José William Vesentini em vários de seus livros.


21ª AULA: AVALIAÇÃO SEM CONSULTA!

Nesta aula procedeu-se à avaliação sem consulta, que se deu sob a forma de uma redação . A instrução, colocado no quadro pelo professor, foi...